segunda-feira, 28 de março de 2016

Indo e vindo...

É um pensamento que assusta. Observar a discrepância da vida com olhos despidos de ilusão é categoricamente caótico.

Propagação de ideias e ideais infundados e dissipados aos quatro cantos na embriaguez sórdida das esponjas cerebrais que  absorvem seja lá o que for.

Pragmáticos; preconceituosos; gananciosos;

Conhecimentos que vem e vão com uma simples badalada do relógio. O que julga saber, talvez ou quase que certamente, não valerá de nada daqui a poucos segundos.

Salvação? Do que? Do espírito?
Ele não está contigo... Já o abandonou.

Não digo isso pra que fique o dito pelo dito, apenas pela constatação de que, ao perceber o que buscamos, ele se foi.

Arrogantes, mal percebemos que somos meretrizes do destino, estamos à sua mercê, e passamos despercebidos pela vida, até que a "hora paga" tenha acabado.

Seremos dispensados! Ela virá!

Nos fará iguais. Choque de realidade. Pela primeira vez, saberemos.

Teremos uma experiência real do que poderia ter sido a vida, quando está nos for arrancada e levada sabe se lá para onde.

Sofreremos? Recomeçaremos?
Sei lá!

Não se pode afirmar nada com certeza nessa existência humana baseada no ego.

Afirmamos...
Que as estrelas se acabam...
Que o universo é infinito...
Que existem espaços temporais e atemporais por aí, que nos levariam a todos os lugares dessas pastagens...
Afirmamos, seguimos afirmando, baseado em "provas" irrefutáveis, quando mal saímos ali na lua.

Mas vamos...

Avançar devemos, até o fim dessas andanças medíocres e sem sentido.

De lá aqui, daqui pra lá...

Um cego que ignora sua cegueira...

Indo e vindo.

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